HISTORIA DA UTILIZAÇÃO DO OZONIO

HISTORIA DA UTILIZAÇÃO DO OZONIO

O gás ozônio (O3 ) foi descoberto pelo químico suíço Christian Friedrich Schönbein em meados do século XIX. Em 1848, Hunt concluiu que o ozônio era a forma alotrópica do oxigênio, sendo que uma década depois ficou claramente identificada sua composição triatômica O3 (SILVA, et al., 2011).

Em temperatura ambiente e em baixas concentrações, apresenta-se como um gás incolor; já em altas concentrações adquire uma coloração azulada (Freitas-Silva et al., 2013a).

O gás ozônio possui odor penetrante e é facilmente detectável em concentrações muito baixas (0,01 a 0,05 ppm) (RICE et al., 1981).

Desde a década de 50 do século passado, diversos centros universitários da Europa – Alemanha, Itália, Espanha, Suíça, Grécia também na Rússia, Polônia, Egito, Japão, Coréia e Cuba começaram a investigar os efeitos fisiológicos do ozônio no organismo em hospitais universitários e privados.

No mundo existem muitas associações de profissionais interessados e ativos na prática da Ozonioterapia.

A International Ozone Association (IOA), fundada em 1971, que, desde o seu 5 congresso mundial, em 1981, sempre dedica parte de seus trabalhos ao uso medicinal do ozônio. A mais importante, no entanto, é a original Sociedade Médica Alemã para Ozonioterapia, fundada em 1972, que conta hoje com mais de 1.500 membros

A Alemanha é pioneira em ozonioterapia, realizando em torno de sete milhões de procedimentos anuais e os seguros-saúde cobrem a sua utilização desde a década de 1980. (ABOZ, 2018).

Na Itália a ozonioterapia tem reconhecimento governamental, trazendo resultados bastante significativos para a população, como exemplo as Lombalgias e Hérnias de Disco, sendo que as taxas de recuperação variam entre 60% e 95%, evitando procedimentos cirúrgicos mais caros e complexo, por isso a técnica vem sendo recomendada antes das cirurgias de coluna.(SAÚDE COM OZÔNIO, 2018).

Cuba possui 39 Centros Médicos Clínicos de Ozonioterapia dentro de seus maiores hospitais, tendo incorporado a terapia nas suas rotinas de atendimento desde 1986. Nesses centros médicos são aplicados, investigados e documentados todos os aspectos relativos ao método.  Na cidade de Havana, Centro de Investigacionesdel Ozono foram produzidos muitos trabalhos sobre a Ozonioterapia, com rigor científico e publicados em revistas indexadas. (ABOZ, 2018).

Na Espanha, em diversos hospitais públicos a técnica está sendo implantada gradativamente e praticada nos tratamentos de pacientes com câncer.

Na Ucrânia, o Ministério da Saúde já oficializou seu assentimento com relação a prática de Ozonioterapia.

Na Rússia, em todos os Hospitais Governamentais é praticada a Ozonioterapia.

No Egito o Ministério da saúde recomenda a Ozonioterapia para tratamento de hepatite C. Neste país obteve-se resultados animadores, com a aplicação da ozonioterapia, onde o controle da carga viral alcançou até 70% dos casos, com negativação completa em 38% após 6 meses de tratamento. Esta é uma alternativa com baixo custo e com efeitos colaterais mínimos, claro que aplicada de maneira adequada.

Na Suíça, Grécia, Israel, Áustria e Austrália os procedimentos com o Ozônio Medicinal são reconhecidos pelos Sistemas de Saúde. Nos Estados Unidos, em 15 estados, possuem o Aval do Ministério da Saúde. (ABOZ, 2018).

De acordo com Dra Emília Gadelha, são realizados aproximadamente, 10 milhões de tratamentos com ozônio no mundo, todos os anos. “Nos países em que o uso medicinal do ozônio é reconhecido, houve redução de 27% no consumo total de antibióticos e de 22% no consumo de analgésicos opioides e não opioides”.

Pouco a pouco os sistemas sanitários vêm autorizando e regulamentando a aplicação da Ozonioterapia (CORREIO Brasiliense, 2011).

Segundo Associação Brasileira de Ozonioterapia- ABOZ, são mais de quinze mil médicos que utilizam a técnica somente na Europa.

“Reconhecida pelo Sistema de Saúde de nações mundo afora, a Ozonioterapia é praticada há várias décadas nos 5 continentes. Seus benefícios comprovados são tantos que, na Alemanha, este procedimento médico faz parte dos tratamentos pagos pelos seguros-saúde do governo.” (ABOZ). 

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